ROMPENDO COM A MASSIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENSINO – UM OLHAR ESPERANÇOSO PARA OS EDUCANDOS COM AUTISMO

Autores

  • Virgínia Silva Autor
  • Roseane Cunha Autor
  • Ana Bárbara Da Silva Nascimento Autor
  • Sílvia Ester Orrú Autor
  • Ana Luiza De França Sá Autor

Palavras-chave:

Autismo, Vulnerabilidade, Sujeito que aprende, Práxis, Emancipação.

Resumo

O trabalho insere ‑se na modalidade reflexão teórica no Eixo Temático 1: A educação que emancipa ante as injustiças, desigualdades e vulnerabilidades. Apresenta a problemática da atuação docente numa escola de Brasília, Brasil, com estudantes portadores de autismo, com base na pedagogia de Paulo Freire (2013a, 2013b, 2014) e González Rey (2005, 2012). Os estudantes com autismo, assim como as pessoas com deficiência, estão no grupo de pessoas consideradas improdutivas dentro da organização da sociedade capitalista. Esse grupo de pessoas está vul‑nerável, nos sistemas educacionais, por estar vivenciando os efeitos iatrogênicos da medicina em seu cotidiano de aprendizagem, que vem imprimindo práticas docentes condicionantes, modeladoras de comportamento e massificadoras nos contextos escolares, o que tem deixado esses estudantes à margem de uma emancipação na participação desse processo. O professor, imerso na sociedade medicalizada, vem contribuindo para a posição vulnerável desses estudantes por intermédio de práticas pedagógicas não reflexivas e colaboradoras da opressão a que esses estudantes são submetidos socialmente em função de um rótulo diagnóstico. A discussão caminha no sentido da compreensão de que o professor faz parte dessa realidade que torna o educando vulnerável e precisa, ao refletir e agir sobre sua ação, estabelecer uma práxis que rompa com práticas pedagógicas opressoras e massificadoras.

Biografia do Autor

  • Virgínia Silva
    Professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Docente na Escola de Formação dos Profis‑sionais da Educação. Pesquisadora dos processos de ensino e aprendizagem de estudantes com deficiência, Transtorno Global do Desenvolvimento e altas habilidades. Mestranda do Programa de Pós ‑Graduação em Educação da Universidade de Brasília (UnB). Contato: virginia_s@globo.com.
  • Roseane Cunha
    Professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Há 20 anos atuando nas séries iniciais do ensino fundamental e na educação especial. Mestranda no Programa de Pós ‑Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). Contato: roseane.p.cunha@bol.com.br.
  • Ana Bárbara Da Silva Nascimento
    Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Mestranda do Programa de Pós ‑Graduação em Educação da Universidade de Brasília (UnB). Professora de Filosofia do ensino fundamental e do ensino médio. Investigadora e entusiasta do projeto de filosofia para crianças. Contato: absn1307@gmail.com.
  • Sílvia Ester Orrú
    Doutora em Educação. Docente do Programa de Pós ‑graduação em Educação da Universidade de Brasília (UnB). Pesquisadora e autora de artigos científicos, capítulos e livros na área da educação inclusiva e formação de professores. Contato: seorru@unb.br.
  • Ana Luiza De França Sá
    Professora do Instituto Federal de Brasília. Mestranda do Programa de Pós ‑Graduação em Educação da Universidade de Brasília (UnB) na linha de pesquisa escola, aprendizagem, trabalho pedagógico e sub‑jetividade na educação. Contato: analuisasaalvarenga@gmail.com.

Referências

FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação – uma introdução ao pen‑samento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes, 1980.

______. Educação como prática da liberdade. 15ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013a.

______. Pedagogia do oprimido. 45ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013b.

______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 48ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

GONZÁLEZ REY, F. Pesquisa qualitativa e subjetividade. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

______. “A configuração subjetiva dos processos psíquicos: avançando na com‑preensão da aprendizagem como produção subjetiva”. In: MARTINEZ, A. M. M.; SCOZ, B. J. L.; CASTANHO, M. I. S. Ensino e aprendizagem: a subjetividade em foco. Brasília: Líber Livros, 2012, p. 21 ‑41.

ILLICH, I. A expropriação da saúde: nêmesis da medicina. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

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Publicado

01/12/2014

Como Citar

ROMPENDO COM A MASSIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENSINO – UM OLHAR ESPERANÇOSO PARA OS EDUCANDOS COM AUTISMO. (2014). Revista UniFreire Universitas Paulo Freire, 2(1), 330-336. https://revista.paulofreire.org/unifreire/article/view/84