AS RELAÇÕES DEMOCRÁTICAS NO RECREIO
processos de transformação do cotidiano
Mots-clés :
Recreio, Relações de poder, Projeto político ‑pedagógico, Tempo e espaço escolares.Résumé
O relato apresenta reflexões sobre os primeiros diálogos feitos com crianças de uma escola pública localizada em Santos (São Paulo, Brasil) a respeito das concepções que elas têm do seu recreio. Parte ‑se, então, de procedimentos iniciais para organizar a pesquisa de mestrado profissional em Educação, realizada por Janaina Melques Fer‑nandes, sob a orientação de Francisca E. Severino, no qual o objeto é o recreio como possibilidade da construção de um tempo ‑espaço democrático. A pesquisa pretende identificar as possibilidades e dificuldades de construir coletivamente um recreio de maneira democrática, levando em consideração os conhecimentos, as histórias e as propostas de todos que nele atuam cotidianamente: alunos, cozinheiros, inspetores e, eventualmente, professores. Dessa forma, nossa tarefa não é propriamente definir o conceito de recreio, nem tampouco tomá ‑lo como um espaço dado, entre aulas, em que crianças descansam, brincam e interagem. Pelo contrário, assumimos perante o recreio uma atitude comprometida de quem não quer apenas descrever o que se passa entre as crianças, ou como se passa, mas nossa atitude é aquela comprometida com a transfor‑mação da realidade desse espaço escolar pouco ou nada envolvida com as relações de aprendizagem. Como Freire, que tomamos como referência teórica, entendemos que trabalhar a educação e pensar sobre ela, compreender e contribuir para a transformação de suas instituições, consiste na ação política pela democracia nas relações escolares.Références
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